ARTE
A arte inspira, ilumina, traz beleza, faz refletir, impacta e alegra.
(Só para citar alguns dos efeitos que tem em nós.)
Já ouvimos que a arte nos salva, especialmente em tempos difíceis. Mesmo em guerras, epidemias, conflitos e desastres, artistas seguiram produzido.
Guernica, possivelmente a obra mais conhecida de Picasso, retrata o bombardeio a esta cidade em 1937.
Há várias composições feitas por músicos aprisionados em campos de concentração na 2a guerra mundial.
E danças relacionadas à pedidos- a dança da chuva dos índios ou como expressão de liberdade quando há forte repressão moral.
Vemos também manifestações artísticas em situações de sofrimentos individuais. Muitos artistas seguiram criando e promovendo a sua arte enquanto estavam doentes física ou mentalmente.
Quando o mundo, impactado por eventos dramáticos, se torna especialmente hostil, estranho ou ameaçador, podemos nos voltar para a arte.
Ela traz luz, alívio e esperança porque nos faz vivenciar e acreditar em um mundo melhor.
Artistas são pessoas dotadas de talento e sensibilidade que criam, fazem criticas e conseguem captar beleza mesmo em cenários ou momentos devastadores.
E agora que estamos tão aflitos com a realidade que nos cerca e sofrendo com os consequentes temores, a arte conforta, acalma mentes e corações, nos distrai e traz visões mais positivas.
Temos visto muitas iniciativas nesse setor . Individuais e coletivas, sendo algumas também para arrecadar fundos para a pandemia.
Momento para buscar as que mais apreciamos e nos trazem felicidade- pintura, escultura, música, dança, poesia…
A arte nos une, humaniza e sensibiliza e no atual cenário, precisamos ainda mais dela.
BELEZA
A beleza, assim como a arte, é fundamental.
Aqui a referência não é estética, mas uma definição mais ampla. É o que nos parece e percebemos como bonito e isso extrapola os limites estéticos.
Existe a aparência física de pessoas, objetos, lugares, e também parâmetros que variam conforme a época e a cultura. Contudo, podemos entendê-la de maneira mais subjetiva. O que é belo para um, pode não ser para outra pessoa.
Além disso, ampliando o termo, poderemos observar a beleza de gestos, palavras e valores. Criamos também uma relação com as pessoas, objetos e lugares e vamos descobrindo beleza(s).
Embora o aspecto físico nos chame a atenção em um primeiro momento, com o tempo observamos que existe um conjunto maior de energia, vibração, cor, iluminação, valor ou harmonia no que vemos.
Pensando nesses aspectos, podemos voltar a atenção à nossa própria beleza.
Independente da aparência física que temos, se pudermos reconhecer e valorizar aspectos nossos como: espontaneidade, doçura, proatividade, solidariedade, esforço, empatia, valores, etc, talvez nos vejamos bonitos. Muito bonitos !
Quando reconhecemos qualidades e nos valorizamos, até a nossa própria imagem física se torna mais agradável.
Vivemos em uma sociedade que valoriza enormemente o aspecto físico e a imagem, mas hoje, felizmente, há um movimento na direção da valorização de características individuais e isso contribui diretamente para o reconhecimento dos vários tipos de beleza e também para um aumento da auto estima.
Nesses tempos difíceis é ainda mais importante acessar essa beleza interna, porém não devemos descuidar de aspectos externos, mesmo que estejamos direto em casa e sendo pouco vistos.
Nos vestimos bem quando e porque vamos sair, mas em casa podemos até usar roupas manchadas, rasgadas ou surradas.
Porque?
Vale o questionamento…
Obviamente não vamos ficar em casa arrumados como se fôssemos à uma festa mas precisamos nos ver (além de sentir) bem.
Pijamas ou roupas muito confortáveis, mas com as quais não gostaríamos de ser vistos, são desaconselháveis em qualquer momento, especialmente agora. Sabe porque?
Porque é a sua imagem que você vê refletida nos espelhos quando passa por eles !
Já estamos um tanto “esmaecidos” pelo confinamento e, somado à isso, ainda temos um estado emocional sujeito à instabilidades.
Então, faz diferença se ver no espelho e, em vez de pensar: “Como estou abatido e largado ! Tempos horríveis…” poder pensar: “Apesar de serem tempos estranhos, até que não estou tão mal assim…”.