IMUNIDADE FÍSICA E EMOCIONAL
Existe uma brincadeira chamada “Estátua”, muito popular entre crianças.
Alguém grita: “Estátua!” e todos param na posição em que estiverem. Perde quem não consegue se manter e sai do modo estátua.
Semelhante à ela, paramos onde e como estávamos. Ajustamos aqui e ali e, mesmo hoje, alguns ainda estão fazendo mudanças de lugar, trabalho e até começando ou terminando relacionamentos.
De qualquer maneira, ficamos suspensos em nossas próprias situações.
Para quem estava bem de saúde, com um trabalho, ocupação ou estudo interessante, rede de amigos e em bom estado emocional, o baque foi certamente mais acolchoado.
Outros foram surpreendidos justamente na entressafra de trabalho, recém saídos de um tratamento de saúde ou relacionamento, passando por dificuldades psíquicas…
Cada um com sua imunidade física e emocional.
Como manter e melhorar nossa resistência nesses 2 pontos?
Imunidade física
Precisamos do básico: alimentação, sono e exercícios fisicos.
• Alimentação: nutrição saudável e equilibrada. Sabemos como fazer isso, mas em caso de dúvidas ou restrições específicas por alguma doença ou intolerância, profissionais podem nos orientar.
No isolamento, a ansiedade deixa alguns mais propensos ao consumo de açúcar. Fala-se muito atualmente sobre “comfort food”: bolos, biscoitos, massas e doces. Assim se chamam porque o consumo destes acalma e alegra.
Temos que ter atenção pois assim virá o discernimento para equilibrar algum prazer com bom senso.
• Sono: quantidade e qualidade. Há pessoas que precisam de mais ou de menos horas de sono. Uns são mais matinais enquanto outros são mais noturnos.
Cada um tem seu próprio ritmo, mas o que vale para todos é ter um descanso de qualidade em ambiente tranquilo, limpo e arejado. Técnicas de relaxamento e respirações também ajudam.
• Atividade física: exercícios são fundamentais para o bom funcionamento corporal, resistência, energia e saúde mental.
Há muita oferta de diferentes modalidades na rede para quem ainda não tem uma prática cotidiana. O importante é que se escolha uma atividade que, além de ser fisicamente possível, nos traga prazer e bem estar.
Existem ainda os suplementos vitamínicos, alimentos funcionais e práticas específicas, mas nada substitui o básico e também que se respeite uma rotina para estes, ainda que flexível.
Estar em casa e ter ingerência mais direta sobre a nossa alimentação, sono e escolha da atividade física, é uma oportunidade de entender e até de descobrir o que funciona melhor para nós.
O modo como nos sentimos ao acordar, bem como ao longo do dia, é um termômetro de como estamos administrando esses pontos.
Imunidade emocional
Há pontos em comum para todos nós:
• Bem estar: tranquilidade, se sentir em paz. Compreensão e auto compaixão para acolher nossos sentimentos, mas também atenção para nos afastar dos “buracos negros” de certos pensamentos.
• Rede de apoio: buscar as pessoas com quem contamos para suporte afetivo, emocional e concreto. Frequentemente família ou amigos, mas também podem ser de nossa comunidade ou trabalho. São conexões e trazem senso de pertencimento.
• Rotina prazerosa: trabalhando ou não, fazer do um dia a dia crescimento e aprendizagem que acrescente e traga boas energias.
• Manutenção do humor: visão da realidade com leveza. A capacidade de brincar com o que nos rodeia e até encontrar alguma graça, alivia o peso e nos torna mais positivos.
Existem ainda as particularidades e gostos de cada um: o que nos “levanta”, conversas, leituras, filmes, concertos, espetáculos, arte, o que alimenta a alma e traz alegria.
A imunidade física está em consonância com a emocional. Há uma interligação e “conversa” entre as duas.
Um corpo parado, alimentado com “junk food” e com pouco descanso, dificilmente terá boas ideias ou mesmo pensamentos positivos.
Do mesmo modo, não há corpo sarado que resista ao bombardeio constante de pensamentos negativos e circulares.
Precisamos, especialmente nesse momento, estabelecer e manter uma sintonia entre fisiologia e mente.