Saúde mental na pandemia – 16

EDUCAÇÃO

Por favor, peça licença ao entrar e agradeça ao sair !

Pegando carona na empatia, vamos falar primeiro sobre educação enquanto polidez, respeito e boas maneiras com o outro.

Você vive com seu pai? Mãe? Irmãos? Companheiro(a)?Filhos? Amigos?

Em qualquer uma das opções, essas pessoas serão tão familiares a você quanto a mobília da casa e a configuração do lugar, especialmente a essa altura…

No entanto, é necessário ter atenção e cuidado.

Seu sofá não ficará triste se você se jogar nele displicentemente, nem o chão ficará magoado se não for varrido por uns dias, mas se você não for (ao menos) educado com quem estiver convivendo, o efeito será outro.

Em princípio, a familiaridade é ótima. Não precisar de tanta cerimônia e poder se sentir à vontade para ser você mesmo, mostrar o que sente.

É segurança, acolhimento e aconchego. Porém, educação e respeito precisam estar ali também. Especialmente quando estamos todos tão vulneráveis e eventualmente instáveis.

A intimidade ou familiaridade pelo convívio nos traz frequentemente um entendimento do outro como garantido. Podemos falar de qualquer maneira, sem freios. O outro está ali, é quase parte da decoração.

Mas não é bem assim. Aliás não é nada assim…

Quando as pessoas são muito íntimas e familiares nossa atenção pode ser menor e então, sem perceber, vamos criando interações desagradáveis, negativas ou até tóxicas.

Justamente por haver tanta intimidade no cotidiano e convivência, estas relações podem ser ótimas; pilares da saúde física e mental ou o inferno na terra, se faltar educação, respeito ou cuidado.

Especialmente agora que convivemos com as mesmas pessoas. Direto e sem intervalos.

APRIMORAMENTO ACADÊMICO

Agora, falando de educação enquanto conhecimento/estudo.

Independente de nossa escolaridade, trabalho ou ocupação até o isolamento, paramos.

Muitos estavam no meio de um estudo- escolar, universitário, formação, curso.

Algumas instituições rapidamente continuaram o ensino à distância. E, embora sendo mais difícil e diferente do usual, foi muito bom por vários motivos.

Já em outras estruturas, isso não foi possível e houve uma parada completa. Aconteceu especialmente no ensino público devido às suas próprias circunstâncias.

São mudanças complexas em se tratando de estudo formal, que impõem uma dinâmica totalmente diferente e exigem adaptações em todos os níveis: desde o aparato tecnológico até a frustração dos alunos, que perderam o contato presencial com colegas e professores.

Embaraços técnicos e adaptativos à parte, o ensino à distância passou a ser a única modalidade possível no isolamento físico. Questão de realidade.

É interessante nesse ponto pensar que, ainda que seja em decorrência da tragédia que é esta pandemia, muitas portas se fecharam, mas janelas tambem se abriram, e precisamos olhar para fora (concreta e metaforicamente), para manter a saúde mental e a esperança.

A partir da migração para a forma online, cursos e aulas foram disponibilizados (muitos deles gratuitamente), então tivemos a chance de melhorar nossa educação academicamente ou de maneira mais ampla.

Em todas as áreas, foram criados cursos, workshops, palestras e lives.

Quem sempre quis aprimorar seus conhecimentos na própria área de atuação, melhorar o domínio de uma língua ou se iniciar em uma nova, conhecer novas culturas, aprender sobre arte, música, culinária, etc, passou a ter muitas oportunidades.

Antes, talvez não tivéssemos tempo, energia ou dinheiro para tais estudos.

Hoje temos novas demandas domésticas e mudanças, mas nossa dinâmica também mudou e com isso, podemos ter mais disponibilidade.

Aqui se dá uma chance, não só para educação, descobertas, diversão e bem estar no presente, mas também para a possibilidade de mudança de vida ou de trabalho no futuro.

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