EDUCAÇÃO
Por favor, peça licença ao entrar e agradeça ao sair !
Pegando carona na empatia, vamos falar primeiro sobre educação enquanto polidez, respeito e boas maneiras com o outro.
Você vive com seu pai? Mãe? Irmãos? Companheiro(a)?Filhos? Amigos?
Em qualquer uma das opções, essas pessoas serão tão familiares a você quanto a mobília da casa e a configuração do lugar, especialmente a essa altura…
No entanto, é necessário ter atenção e cuidado.
Seu sofá não ficará triste se você se jogar nele displicentemente, nem o chão ficará magoado se não for varrido por uns dias, mas se você não for (ao menos) educado com quem estiver convivendo, o efeito será outro.
Em princípio, a familiaridade é ótima. Não precisar de tanta cerimônia e poder se sentir à vontade para ser você mesmo, mostrar o que sente.
É segurança, acolhimento e aconchego. Porém, educação e respeito precisam estar ali também. Especialmente quando estamos todos tão vulneráveis e eventualmente instáveis.
A intimidade ou familiaridade pelo convívio nos traz frequentemente um entendimento do outro como garantido. Podemos falar de qualquer maneira, sem freios. O outro está ali, é quase parte da decoração.
Mas não é bem assim. Aliás não é nada assim…
Quando as pessoas são muito íntimas e familiares nossa atenção pode ser menor e então, sem perceber, vamos criando interações desagradáveis, negativas ou até tóxicas.
Justamente por haver tanta intimidade no cotidiano e convivência, estas relações podem ser ótimas; pilares da saúde física e mental ou o inferno na terra, se faltar educação, respeito ou cuidado.
Especialmente agora que convivemos com as mesmas pessoas. Direto e sem intervalos.
APRIMORAMENTO ACADÊMICO
Agora, falando de educação enquanto conhecimento/estudo.
Independente de nossa escolaridade, trabalho ou ocupação até o isolamento, paramos.
Muitos estavam no meio de um estudo- escolar, universitário, formação, curso.
Algumas instituições rapidamente continuaram o ensino à distância. E, embora sendo mais difícil e diferente do usual, foi muito bom por vários motivos.
Já em outras estruturas, isso não foi possível e houve uma parada completa. Aconteceu especialmente no ensino público devido às suas próprias circunstâncias.
São mudanças complexas em se tratando de estudo formal, que impõem uma dinâmica totalmente diferente e exigem adaptações em todos os níveis: desde o aparato tecnológico até a frustração dos alunos, que perderam o contato presencial com colegas e professores.
Embaraços técnicos e adaptativos à parte, o ensino à distância passou a ser a única modalidade possível no isolamento físico. Questão de realidade.
É interessante nesse ponto pensar que, ainda que seja em decorrência da tragédia que é esta pandemia, muitas portas se fecharam, mas janelas tambem se abriram, e precisamos olhar para fora (concreta e metaforicamente), para manter a saúde mental e a esperança.
A partir da migração para a forma online, cursos e aulas foram disponibilizados (muitos deles gratuitamente), então tivemos a chance de melhorar nossa educação academicamente ou de maneira mais ampla.
Em todas as áreas, foram criados cursos, workshops, palestras e lives.
Quem sempre quis aprimorar seus conhecimentos na própria área de atuação, melhorar o domínio de uma língua ou se iniciar em uma nova, conhecer novas culturas, aprender sobre arte, música, culinária, etc, passou a ter muitas oportunidades.
Antes, talvez não tivéssemos tempo, energia ou dinheiro para tais estudos.
Hoje temos novas demandas domésticas e mudanças, mas nossa dinâmica também mudou e com isso, podemos ter mais disponibilidade.
Aqui se dá uma chance, não só para educação, descobertas, diversão e bem estar no presente, mas também para a possibilidade de mudança de vida ou de trabalho no futuro.